Feliz... Adaptado... Produtivo... Um pássaro numa gaiola a antibióticos...

quinta-feira, setembro 04, 2008

Faz-me essa gentileza, fazes?


Numa entrevista dada à Sábado (que umas vezes sai à quinta e outras sai à quarta), José Rodrigues dos Santos fala sobre a sua imensa capacidade de escrever livros, assim como do ser fantástico que em geral afirma ser, e da sua imensa preocupação pelo bem-estar do mundo em particular e do ambiente em geral.

Como não podia deixar de ser, mostrou-se muito satisfeito consigo próprio por ter conseguido adivinhar que o preço do barril de petróleo iria aumentar acima dos 3 digitos, só se enganou foi quando isso iria acontecer, o que levou a mais uma correcção do livro "O 7º Selo".

É como quem diz: Eu sei que vai chover eventualmente, só não sei exactamente quando. É que as conclusões a que ele chega não são propriamente novas... mas ao menos está informado relativamente a uma problemática grave da humanidade. Mais do que a esmagadora maioria, pelo menos.

Na realidade, até aqui tudo bem, e de facto o rapaz até tem motivos de orgulho. Afinal a vida em geral corre-lhe bem, seja como jornalista, seja como escritor. Surpreendente mesmo foi a revelação de que apesar de toda a sua preocupação com os males do mundo, JRS não faz reciclagem... E porquê, perguntarão vocês?

1. É devido ao facto de fazer muito pouco lixo?
2. É devido ao facto de não acreditar que isso seja significativo?
3. É devido ao facto de achar que o mundo já está perdido de qualquer maneira?

Não! Nada disso. É porque o código de cores é muito complicado para o genial cérebro de José Rodrigues dos Santos.

Inclusive, JRS desafia o jornalista a dizer para que serve cada Ecoponto. Huuuum... deixa-me ver, Azul é para o papel e cartão, amarelo para o plástico e verde para o vidro!! Epa, ia tendo um derrame tal foi o esforço... obviamente, poder-se-ia pensar no facto de haver etiquetas nos Ecopontos a explicar para que serve cada um deles, mas não vamos por aí.

Se recuarmos um pouco para as campanhas de sensibilização criadas nos últimos anos, vemos que a Sociedade Ponto Verde conseguiu colocar um macaco e um bando de crianças a separar lixo. Tendo isto em mente, é razão para dizer que apesar de ter cara de miúdo e orelhas de abano, José Rodrigues dos Santos está longe de se ser um primata e não é de certeza mais inteligente que um miúdo de 10 anos...
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