Aquando das necessárias deslocações periódicas a grandes lojas de serviço livre (vulgo supermercados), é constante indagar-me sobre questões existenciais que assolam a alma do mais comum mortal. Este tipo de passeios normalmente realizam-se em modo solitário, e tendo em conta que a auto-gratificação sexual em espaços públicos é considerado um crime pela maioria dos países europeus - aprendi da pior maneira – tive de a substituir pela menos entusiasmante arte de pensar na morte da bezerra*.
Enquanto me passeio pelos corredores, qual caçador indígena na procura de viveres que permitam alimentar a sua prole, tenho uma certa tendência para assumir um comportamento tipo lemingue, nunca parando ou voltando para trás. Passo pelos mesmos corredores dezenas de vezes, de forma a assegurar-me que não me esqueci de nada. Poderia parar e olhar, dirão uns, isso permitiria encontrar tudo à primeira, dirão outros, mas na minha mente distorcida está sempre toda a gente a olhar para mim, e como tal tenho que me mostrar decidido. Parar é morrer.
Ocorreu-me recentemente num destes percursos que enquanto não passarmos a caixa, nada do que temos no carrinho é mesmo nosso, na realidade apenas nos limitamos a mover coisas na loja. Tendo esse pensamento em mente (onde mais haveria de ser), da próxima vez que forem a um supermercado, encham 10 carrinhos e 15 cestos, deixem-nos algures nos corredores e fujam! Façam isto repetidamente, tenho alguma curiosidade em saber quanto tempo demora até vos darem uma sova.
Se estiverem com paciência, façam o exercício no Continente, no Modelo, no Pingo Doce, etc. e assim teremos um exercício comparativo sem interesse absolutamente nenhum.
* Força de expressão, nenhum animal foi magoado na elaboração deste disparate
Enquanto me passeio pelos corredores, qual caçador indígena na procura de viveres que permitam alimentar a sua prole, tenho uma certa tendência para assumir um comportamento tipo lemingue, nunca parando ou voltando para trás. Passo pelos mesmos corredores dezenas de vezes, de forma a assegurar-me que não me esqueci de nada. Poderia parar e olhar, dirão uns, isso permitiria encontrar tudo à primeira, dirão outros, mas na minha mente distorcida está sempre toda a gente a olhar para mim, e como tal tenho que me mostrar decidido. Parar é morrer.
Ocorreu-me recentemente num destes percursos que enquanto não passarmos a caixa, nada do que temos no carrinho é mesmo nosso, na realidade apenas nos limitamos a mover coisas na loja. Tendo esse pensamento em mente (onde mais haveria de ser), da próxima vez que forem a um supermercado, encham 10 carrinhos e 15 cestos, deixem-nos algures nos corredores e fujam! Façam isto repetidamente, tenho alguma curiosidade em saber quanto tempo demora até vos darem uma sova.
Se estiverem com paciência, façam o exercício no Continente, no Modelo, no Pingo Doce, etc. e assim teremos um exercício comparativo sem interesse absolutamente nenhum.
* Força de expressão, nenhum animal foi magoado na elaboração deste disparate