Na senda da tradição dos grandes artistas do género One Man Show, ei-los no no seu melhor os sublimes intérpretes do One Man Audience.
Plenamente conscientes das suas responsabilidades sociais, tomam nas mãos a louvável e árdua tarefa de recrear a sua diminuta audiência durante a totalidade da duração do evento.
Aptos a falar de qualquer assunto, seja ele política, finanças, religião, etnias, trânsito, metereologia, saúde e/ou futebol (sobretudo futebol), este espécimenes, notáveis talentos do entretenimento, asseguram o passar do tempo com empenho e habilidade.
A todos os interessados, contem com espectáculos diários - a praticamente todas as horas do dia - bastando para isso dirigir-se ao barbeiro/cabeleireiro, táxi, café/restaurante e/ou... clínicas de fisioterapia mais próximos.
quarta-feira, novembro 29, 2006
quinta-feira, novembro 16, 2006
Um muito bom dia
Se há uma altura do dia em que a minha tendência para enveredar pelo caminho de pária da sociedade assume todo o seu esplendor, essa altura será provavelmente ao acordar.
O meu autismo latente torna-se então evidente, movo-me cabisbaixo, enfadado e resmungão. Respondo com grunhidos a todo aquele que não percebeu que o facto de não lhe ter dirigido a palavra não se deveu a distração, e sim a puro desprezo.
Para futuras interacções matinais, eis algumas dicas para quando me encontrarem ao raiar do dia:
1. Não me dirijam a palavra
2. Dêm-me prioridade para a casa-de-banho
3. Garantam que há café moído
4. Assegurem-se que o pacote de leite tem que chegue para uma caneca
5. Não esquecer o pão e a manteiga
Caso os pontos 2, 3, 4 e 5 falhem, a eficácia do ponto 1 deverá ser assegurada.
Caso todos os pontos falhem, olhem para a minha cara, porque o que vão ver é alguém perfeitamente convicto de que acabaram de lhe estragar o dia, tendo este acabado de começar...
O meu autismo latente torna-se então evidente, movo-me cabisbaixo, enfadado e resmungão. Respondo com grunhidos a todo aquele que não percebeu que o facto de não lhe ter dirigido a palavra não se deveu a distração, e sim a puro desprezo.
Para futuras interacções matinais, eis algumas dicas para quando me encontrarem ao raiar do dia:
1. Não me dirijam a palavra
2. Dêm-me prioridade para a casa-de-banho
3. Garantam que há café moído
4. Assegurem-se que o pacote de leite tem que chegue para uma caneca
5. Não esquecer o pão e a manteiga
Caso os pontos 2, 3, 4 e 5 falhem, a eficácia do ponto 1 deverá ser assegurada.
Caso todos os pontos falhem, olhem para a minha cara, porque o que vão ver é alguém perfeitamente convicto de que acabaram de lhe estragar o dia, tendo este acabado de começar...
sábado, novembro 11, 2006
Ensaio sobre a moda
Relevante só para alguns, apenas ao alcance de bolsas menos despriveligiadas e sempre efémera, o acompanhar deste fenómeno sociológico é uma obrigação para todos aqueles que compreendem o que é, quem faz e quando o faz. Nos tempos que correm, acompanhar as suas tendências é um exercício bastante complexo e cansativo, mas um dos pilares da sociedade é sem dúvida a moda.
Confesso que tentei olhar para a moda de forma objectiva, na esperança de compreender o porquê de determinadas obras de arte. Exemplo disso é uma peça de vestuário que calculo ter sido fruto do acto desesperado de um qualquer designer de moda que, levado ao extremo da frustação, desatou a rasgar as suas peças até que, num momento de quebra de arenalina, respirou fundo e viu a nova tendência da moda: Jeans Rasgados!
Para os ainda menos informados, saibam que por estas calças de ganga pré-estragadas, os fãs da moda pagam o dobro ou o triplo que pagariam pelas mesmas calças de ganga novinhas em folha. Ainda que não tenha nada contra todos aqueles que apreciam este tipo de roupa, tenho apenas algum receio que esta tendência da moda influencie outras áreas de negócio, momento esse em que passaremos a pagar a dobrar pelos seguintes items:
- Chapéus de chuva com buracos
- Óculos com as lentes riscadas
- Carro todos riscados
- Casas com os canos destruidos
- Preservativos furados
P.S. Não me interpretem mal, não sou completamente démodé, basta observar a minha roupa interior para concordar comigo.
Confesso que tentei olhar para a moda de forma objectiva, na esperança de compreender o porquê de determinadas obras de arte. Exemplo disso é uma peça de vestuário que calculo ter sido fruto do acto desesperado de um qualquer designer de moda que, levado ao extremo da frustação, desatou a rasgar as suas peças até que, num momento de quebra de arenalina, respirou fundo e viu a nova tendência da moda: Jeans Rasgados!
Para os ainda menos informados, saibam que por estas calças de ganga pré-estragadas, os fãs da moda pagam o dobro ou o triplo que pagariam pelas mesmas calças de ganga novinhas em folha. Ainda que não tenha nada contra todos aqueles que apreciam este tipo de roupa, tenho apenas algum receio que esta tendência da moda influencie outras áreas de negócio, momento esse em que passaremos a pagar a dobrar pelos seguintes items:
- Chapéus de chuva com buracos
- Óculos com as lentes riscadas
- Carro todos riscados
- Casas com os canos destruidos
- Preservativos furados
P.S. Não me interpretem mal, não sou completamente démodé, basta observar a minha roupa interior para concordar comigo.
quarta-feira, novembro 01, 2006
São rosas, senhores...
Vivemos tempos de Fé. Ao contrário do que muitos possam acreditar, os milagres acontecem todos os dias, basta estar atento para conseguir observar.
Segundo reza a Bíblia, a determinado ponto da sua vida, Jesus terá feito um milagre com pães e peixes, cuja pequena quantidade conseguiu multiplicar para um quartel. Impressionante, é inquestionável, mas verdadeiramente pouco tendo em conta o que nos é dado a observar no mais humilde dos restaurantes à portuguesa.
É regra que em qualquer típico restaurante, mal o cliente se sente à mesa, esta fique imediatamente repleta de iguarias sem igual – pão, queijo, manteiga, azeitonas, etc. Um milagre inexplicável normalmente associado a um 2º milagre, que é o facto de ao final da refeição essas iguarias aparecerem incluídas na continha, mesmo que o cliente não lhes tenha sequer tocado.
Segundo reza a Bíblia, a determinado ponto da sua vida, Jesus terá feito um milagre com pães e peixes, cuja pequena quantidade conseguiu multiplicar para um quartel. Impressionante, é inquestionável, mas verdadeiramente pouco tendo em conta o que nos é dado a observar no mais humilde dos restaurantes à portuguesa.
É regra que em qualquer típico restaurante, mal o cliente se sente à mesa, esta fique imediatamente repleta de iguarias sem igual – pão, queijo, manteiga, azeitonas, etc. Um milagre inexplicável normalmente associado a um 2º milagre, que é o facto de ao final da refeição essas iguarias aparecerem incluídas na continha, mesmo que o cliente não lhes tenha sequer tocado.
Patologias associadas:
Empregados,
Espaço público,
Igreja,
Restaurantes
Subscrever:
Mensagens (Atom)