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terça-feira, fevereiro 09, 2010

Estudo observacional

A estada prolongada em países que não o de origem introduz-nos toda uma série de dilemas filosóficos, sociológicos, psicológico, demagógicos e fisiológicos que baralham, partem e dão que pensar. Poderia agora iniciar toda uma dissertação sobre as diferenças entre os povos, o que nos separa e o que nos une, o que nos diferencia e o que nos torna iguais, mas na realidade o que me traz aqui é algo de bastante menos nobre e realizador.

Agora que a possibilidade de alguém pensar que algo de útil irá sair destas linhas está definitivamente afastada, assim como a maioria dos putativos leitores, dirijo-me como tal apenas à fatia da população cuja vida é tão desinteressante que apenas o desespero por “algo” lhes impele a continuar a ler esta amalgama de letras concatenadas.

Face à falta de conteúdo dos ultra-adjectivados e redundantes dois parágrafos anteriores, os mais cultos perguntar-se-ão por esta altura “és tu Pacheco Pereira?”, ao que eu respondo, que “Pacheco sim, Pereira ainda está por provar”. Mas não nos percamos em assuntos ulteriores e convenhamos bastante menos relevantes.

Voltando ao assunto em assunto, andava eu a vaguear por essas cidades localizadas em pontos mais a norte da Europa, e não pude deixar de reparar que além do cabelo alourar e da pele esbranquiçar, também os centímetros que vão da planta dos pés ao cocuruto eram em média bastante superiores aos nossos. Sim, a malta era mais alta.

A minha primeira hipótese explicativa para tal evidência foi, estes países encontram-se numa parte mais inferior do globo, levando a que a gravidade lhes puxe a cabeça para baixo de uma forma constante. Mas eis que o facto de ser Norte impede tal possibilidade.

A segunda possibilidade foi-me sugerida in loco, “eles bebem mais leite”. Aaaaah, pensei eu, eles bebem mais leite… Mas porquê? É que até ver o leite é algo que se encontra ao alcance da grande maioria dos países não-Haitianos, logo, a menos que se trate de gente cuja perversão leva a que se sirvam da mãe até aos 15 anos de idade e/ou de gente que explora as vacas até estas caíram secas de líquido e de exaustão, parece-me que é um motivo que levanta mais questões do que respostas.

Não obstante, e deixando-me levar pelo meu espírito cientifico, tomei a decisão de colocar esta teoria à prova e como tal decidi começar a gerar crianças até ao dia em que saiam 2 gémeos do género masculino. Um deles será alimentado à base de leite durante 18 anos, enquanto o segundo não terá contacto com o liquido em questão, sobre o pretexto de ser intolerante a lactose *. Aos 19 anos serão ambos colocados num ringue e terão que se digladiar até à morte.

Esta metodologia pode carecer de mérito científico, mas por outro lado está pejadinha de sexo irresponsável com parceiras variadas (de forma a aumentar as probabilidades de obtenção de gémeos), selvajaria e falta de respeito pela santidade da vida humana… e no fundo não é isso que realmente importa?


*Intolerante a lactose: Há gente que não suporta a lactose e estão no seu perfeito direito, ela é um bocado metediça…

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