No nobre intento de nos dar uma boa formação de base, o sagaz senso comum recorre frequentemente aos inevitáveis extremos.
É este senso comum que nos diz que mais vale pobre e com saúde, do que rico e doente.
Isto porque, a argúcia de quem já viveu muito permite-lhe opinar que da convivência com o frio, a chuva e os ratos, um pobre terá porventura uma maior capacidade de se manter saudável do que um rico que, no seu bem-bom (além do acesso a todo um sistema de saúde), está aqui, está a bater a bota...
Poderiamos opinar sobre a legitimidade deste argumento, mas o que aqui se pretende é questionar se não haverá um estado intermédio? Será possível estar assim-assim e com um salário decente, ou ter um olho roxo e um nariz partido e mesmo assim uns trocos no bolso? Ter uma doença crónica ou terminal, é o mesmo que ter uma gripe ou uma dor de estômago? E se não, qual dos dois me deixa mais perto de um Porsche?
sábado, abril 28, 2007
sábado, abril 21, 2007
E recordar é viver
Só para lembrar que já lá vai um ano de Homem Duplicado e 80 posts publicados.
Isto dá cerca de 1.5 posts por semana, ou seja, mais ou menos uma publicação a cada 4 ou 5 dias.
E isto ainda mal começou!!
Isto dá cerca de 1.5 posts por semana, ou seja, mais ou menos uma publicação a cada 4 ou 5 dias.
E isto ainda mal começou!!
sábado, abril 14, 2007
Publicidade enganosa
Longe vão os tempos em que a públicidade era racional e longe vão os tempos em que viamos cartazes pejadinhos de texto a elucidar os potenciais interessados sobre as reais benesses de um produto.
Com o fenómeno da produção em massa, do copykat e da pura e simples falta de imaginação, os produtos concorrentes são cada vez mais iguais entre si, permitindo-nos afirmar com cada vez maior eloquência que é tudo a mesma merda!.
De forma a diferenciar o seu produto, a aposta recaiu sobre a marca.
Numa luta intensa para marcar pontos a favor, os anunciantes jogaram tudo em criar uma relação de intimidade com o público, relembrando-nos há quanto tempo os nossos avós usavam estas coisas. Quando esta forma se esgotou, apelaram ao consumo desenfreado e à necessidade de querer mais e mais. Quando já nem isto funcionava, eis que surge o sexo como excelente argumento de venda.
Quando já nada funciona, eis que surge o nonsense a fazer vender. Anúncios sem sentido, protagonizados pelos Gatos Fedorentos, Bruno Nogueira, Aldo Lima, entre outros, fazem as delícias dos consumidores.
Ensinou-nos a estória recente que isto não vai durar para sempre e quando até o surreal estiver esgotado vai ser preciso inventar algo de novo ou repetir o que já foi feito. Não sei qual vai ser a solução, mas espero que façam as duas coisas, apostando tudo numa relação de intimidade sem sentido, através do consumo desenfreado de sexo.
Com o fenómeno da produção em massa, do copykat e da pura e simples falta de imaginação, os produtos concorrentes são cada vez mais iguais entre si, permitindo-nos afirmar com cada vez maior eloquência que é tudo a mesma merda!.
De forma a diferenciar o seu produto, a aposta recaiu sobre a marca.
Numa luta intensa para marcar pontos a favor, os anunciantes jogaram tudo em criar uma relação de intimidade com o público, relembrando-nos há quanto tempo os nossos avós usavam estas coisas. Quando esta forma se esgotou, apelaram ao consumo desenfreado e à necessidade de querer mais e mais. Quando já nem isto funcionava, eis que surge o sexo como excelente argumento de venda.
Quando já nada funciona, eis que surge o nonsense a fazer vender. Anúncios sem sentido, protagonizados pelos Gatos Fedorentos, Bruno Nogueira, Aldo Lima, entre outros, fazem as delícias dos consumidores.
Ensinou-nos a estória recente que isto não vai durar para sempre e quando até o surreal estiver esgotado vai ser preciso inventar algo de novo ou repetir o que já foi feito. Não sei qual vai ser a solução, mas espero que façam as duas coisas, apostando tudo numa relação de intimidade sem sentido, através do consumo desenfreado de sexo.
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Comunicação,
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Sexo
sexta-feira, abril 06, 2007
Espaço às artes
Corria o ano de 2005, quando Ang Lee presenteou os cinéfilos com uma película sobre o amor homossexual entre dois cowboys. Esta fita de profundo mau-gosto, verdadeiro hino à panascagem, não é mais do que um perfeito exemplo dos perigos que o cinema representa para a sociedade.
O Ang Lee deveria ser injuriado em praça pública ao som de umas chibatadas valentes!!
Corre o ano de 2007, e eis que Ang Lee anuncia que irá realizar um filme sobre uma relação lésbica, em que uma das protagonistas é ninguém menos do que Charlize Theron. Esta fita de profundo bom-gosto, verdadeiro hino à liberdade de escolha, é um perfeito exemplo de que o cinema pode ser um serviço público.
O Ang Lee deveria ser louvado pelo mundo pelo valor da sua obra!!
O Ang Lee deveria ser injuriado em praça pública ao som de umas chibatadas valentes!!
Corre o ano de 2007, e eis que Ang Lee anuncia que irá realizar um filme sobre uma relação lésbica, em que uma das protagonistas é ninguém menos do que Charlize Theron. Esta fita de profundo bom-gosto, verdadeiro hino à liberdade de escolha, é um perfeito exemplo de que o cinema pode ser um serviço público.
O Ang Lee deveria ser louvado pelo mundo pelo valor da sua obra!!
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Comédia,
homens,
Homofobia,
Homossexualismo,
Lesbianismo
domingo, abril 01, 2007
Opções de vida
Foi recentemente lançada em Portugal a mui aguardada PlayStation3.
Devido a questões de marketing, e ao que parece algumas dificuldades na linha de montagem, era sobejamente sabido que o stock inicial seria curto, como tal era necessário chegar cedo às lojas, esperar algum tempo na fila e, obviamente, ter alguma sorte (e 600 euros no bolso)...
Entre os que se baldaram ao trabalho, às aulas, a uma tarde de marmelada, e/ou pura e simples sorna no sofá, o moço que comprou a primeira PS3 teve de esperar nada menos do que 14 horas em pé numa fila no El Corte Inglés para poder adquirir a dita peça de hardware.
A minha pergunta é 'Como devemos tratar este jovem?'
- Dar-lhe os parabéns!
- Assaltá-lo!
- Bater-lhe com uma adequada dose de violência, sorrindo sarcasticamente!
- Arrancar-lhe as mãozinhas, para que seja obrigado a jogar a treta da consola com os pés!
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