Longe vão os tempos em que a públicidade era racional e longe vão os tempos em que viamos cartazes pejadinhos de texto a elucidar os potenciais interessados sobre as reais benesses de um produto.
Com o fenómeno da produção em massa, do copykat e da pura e simples falta de imaginação, os produtos concorrentes são cada vez mais iguais entre si, permitindo-nos afirmar com cada vez maior eloquência que é tudo a mesma merda!.
De forma a diferenciar o seu produto, a aposta recaiu sobre a marca.
Numa luta intensa para marcar pontos a favor, os anunciantes jogaram tudo em criar uma relação de intimidade com o público, relembrando-nos há quanto tempo os nossos avós usavam estas coisas. Quando esta forma se esgotou, apelaram ao consumo desenfreado e à necessidade de querer mais e mais. Quando já nem isto funcionava, eis que surge o sexo como excelente argumento de venda.
Quando já nada funciona, eis que surge o nonsense a fazer vender. Anúncios sem sentido, protagonizados pelos Gatos Fedorentos, Bruno Nogueira, Aldo Lima, entre outros, fazem as delícias dos consumidores.
Ensinou-nos a estória recente que isto não vai durar para sempre e quando até o surreal estiver esgotado vai ser preciso inventar algo de novo ou repetir o que já foi feito. Não sei qual vai ser a solução, mas espero que façam as duas coisas, apostando tudo numa relação de intimidade sem sentido, através do consumo desenfreado de sexo.
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2 comentários:
é o sinal dos tempos.. tal como há uns tempos não existia sequer o nonsense, daqui a uns anos não existia o que está ainda para vir.
by the way, "esgostado" !
"uma relação de intimidade sem sentido, através do consumo desenfreado de sexo"!!!!! O futuro da publicidade adivinha-se brilhante e juicy...
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