Entre os funcionários dos diversos estabelecimentos privados que por aí existem, ainda há muitos que não compreenderam quem é o cliente e quem é o empregado.
Ao seu dispor temos o típico Tuga, senhor de todo o saber, emproado e, aparentemente, chateado com o mundo em geral e com a clientela em particular. Ainda que esta não queira mais do que gastar o seu dinheiro naquela casa comercial.
Do mais banal café, ao mais luxuoso hotel, estes seres estão plenamente convictos de que, ao invés de um serviço pago, nos estão a prestar um favor, como tal dando-se ao luxo de responder torto ou não responder de todo. Raros são os locais em Portugal onde não nos é exigido implorar por um breve momento de atenção, enquanto esta briosa gente faz de conta que não vê, ou que está demasiado ocupada para ver.
Caso não queira aturar esta gente, resta-lhe a lenta simpatia dos Brasileiros e ex-habitantes do leste Europeu, cuja dificuldade em compreender a nossa língua, apenas tem paralelo na nossa dificuldade em compreender a sua lentidão.
segunda-feira, julho 30, 2007
Mood Killers - Parte 3: Os empregados
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3 comentários:
Começo a acreditar que já é um fenómeno; a frequência com que acontece já é assustadora...!
Em oposição...
Os Portugueses, dizem os boatos, são um povo acolhedor e bastante simpático!
Então o que se passa com a maioria do pessoal de atendimento deste país? Serão mal pagos? A sua profissão fica aquém das suas expectativas? Teremos nós, clientes, culpa disso?
Tomemos por exemplo a campanha publicitária "Novas oportunidades": Uma empregada de Tabacaria (Judite de Sousa) é vista como "alguém que não fez nada da vida". Será que o preconceito enraizado na nossa sociedade e em nós mesmos não contribui para a má relação existente entre empregado/cliente? Eu creio que sim! Mas creio também que as pessoas têm de encontrar nas pequenas coisas motivos de felicidade e contentamento. Sem dúvida que já me deparei com situações em que o empregado(a) foi muito mal educado mas, sabe tão bem encontrar alguém que, com um sorriso nos lábios e que com um ar até um pouco paternalista nos diz: Bom dia, então o que vai ser hoje menina: esta deliciosa tarte de maçã ou um bolo de chocolate!
O aconchego de quem nos conhece, nos trata bem e acima de tudo respeita a relação empregado/cliente é pura e simplesmente... gratificante! Em suma, a relação empregado/cliente tem de funcionar nos dois sentidos, o respeito mútuo e a aceitação de todos os papéis na sociedade é fundamental para que haja entendimento!
Resta também ver o lado do trabalhador que muitas vezes é tratado como um "Zé ninguém", que é ignorado só porque trabalha ao bacão de uma pastelaria ou na caixa de um supermercado. Não custa nada da parte do cliente também dizer um "obrigado" ou um "se faz favor", afinal de contas o empregado não é nenhum "cão". E é preciso não esquecer que o cliente também é empregado e que nesse mesmo sitio o empregado (que o atendeu)passa a ser o cliente! Irónico não!
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