Feliz... Adaptado... Produtivo... Um pássaro numa gaiola a antibióticos...

quarta-feira, maio 28, 2008

Amor em tempos de DST's

Diz-nos a experiência que não há forma mais eficaz de matar o interesse de uma criança do que desancar a magia com uma boa dose maciça de raciocínio científico. Afinal, a crença na existência de Pais Natais, fadas, potes de ouro e afins é infinitamente mais cativante do que a certeza que todos os supracitados não passam de spin-offs de tradições religiosas, mitos urbanos e/ou eventos climáticos.

Apoiados neste saber de experiência feito, e após o evidente fracasso da psicologia da proibição, professores e encarregados de educação lutam pela inclusão urgente de temáticas como: Relações sexuais, reprodução e doenças sexualmente transmissíveis (ou DST).

O mundo civilizado deposita assim as suas últimas esperanças na possibilidade de que a educação sexual consiga ter o mesmo efeito que o recitar da tabuada, ou seja, o desinteresse absoluto pela matéria em questão.

Para os adultos que não puderam usufruir das benéces desta importante aprendizagem, saibam que se conseguiram chegar a esta fase da vida sem contrair uma qualquer DST é porque das três hipóteses, uma se confirmou:

1. Tiveram juizo;
2. Tiveram sorte;
3. Não tiveram sexo.

Para aqueles que não estão bem seguros, porque esta é a primeira vez que ouvem o termo DST, existem pequenos indícios que vos podem ajudar a fazer um diagnóstico eficaz.

No curto prazo, o amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, enquanto a DST é fogo que se vê mas não arde, é ferida que se sente, mas não dói.

No longo prazo, o primeiro lixa-te a cabeça, o segundo lixa tudo o resto.
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É a minha opinião, ainda que não concorde com ela.
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segunda-feira, maio 26, 2008

Ventos de mudança

Após dois anos a teorizar sobre o vazio, eis que as minhas múltipas pessoas chegaram a acordo sobre a necessidade de mudar algo. Faltou sim chegar a acordo sobre o que era preciso mudar...

Na falta de melhor, no imediato mudou-se apenas o layout d'O Homem Duplicado.

Mantenha-se atento, mais episódios clínicos já a seguir.

p.s. Loucura! É possível votar sobre o que achamos do novo layout.

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terça-feira, maio 20, 2008

Passar a batata quente

Quando se padece de maleitas esquizofrénicas ao nível das que afectam este blogger, sabe-se por conselho de curandeiros experimentados que o caminho para a cura se faz passo a passo.

É do saber comum que o primeiro e mais importante passo é admitir que temos um problema.

Recentemente, num qualquer espaço ultra reservado, a Catarina Morgado identificou (mais) uma característica deste Homem Duplicado: A beleza!


Sendo assim, e sem vergonhas ou demoras: Sou lindo, e assumo-o!

O passo seguinte é partilhar o nosso problema com os demais, e sendo assim resolvi estender esta corrente aos 3 eixos da minha existência bloggista:

Para a família: Sai um BB Award para a prima mais aluada
Para os colegas: Sai um BB Award para o Cabo da Boa Esperança
Para os amigos: Sai um BB Award para o dia-a-dia de uma moça

Irão concerteza reparar que os prémios foram só para elementos do sexo feminino. Isto deve-se unicamente ao facto de uma das múltiplas personalidades ser assumidamente homofóbica, e por acaso ser aquela que hoje se encontra de serviço.
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quinta-feira, maio 15, 2008

Faça favor de dizer

É complexo, se não mesmo impensável, que um qualquer media provider* consiga subsistir sem os denominados de comentadores. Verdadeiramente indispensáveis à nossa cultura, seja a sós ou em grupo, estes pseudo-líderes de opinião tiveram, têm e terão sempre qualquer coisa a acrescentar sobre qualquer assunto da actualidade, seja político, cultural, social, desportivo ou gastronómico.

Contrário ao espectável, em que falaria quem tem algo a dizer, aparentemente apenas é possível contratar quem não teve sucesso na sua profissão, precisa de ganhar uns trocos e/ou tem uma forma de estar na vida que se pauta do ordinarão para baixo, preferivelmente falando alto ou impedindo os restantes de se expressar, preferivelmente através de frequentes interrupções ou comentários jocosos.

Qual oráculo, estes seres detêm a capacidade de orar com convicção sobre todo e qualquer tema, ainda que em 99,9% dos casos se limitem a proferir balelas - próprias ou importadas - ocultadas por detrás de uma sobre-adjectivação do discurso.

Confesso que aprecio a arte de alguém que sem ter nada para dizer, consegue preencher uma hora adjectivando o vácuo. Para os que, como eu, prezam bons momentos de fanfarranice, procurem a seguinte sentença:

Não estou por dentro do assunto, nem tenho qualificações para o avaliar, mas a minha opinião é a seguinte...

Para os menos hábeis nos meandros da língua Lusa, eis a tradução:

Não faço puto do que estamos a falar, deixa-me cá dizer uns disparates senão ainda me cortam no cachet...


* O Homem Duplicado orgulha-se da inclusão frequente de termos e/ou estrangeirismos pedantes, especialmente quando é por demais evidente que existem alternativas menos pretensiosas

terça-feira, maio 06, 2008

Made in Austria

Quando Natascha Kampusch decidiu correr para a liberdade, a 23 de Agosto de 2006, após oito anos de cativeiro numa casa aparentemente normal dos subúrbios da Áustria, a história desta rapariga horrorizou e chocou o mundo inteiro.

No entanto, menos de dois anos depois, chegamos à conclusão que o episódio vivido por Natascha é um menino quando comparado àquele vivido por Elizabeth Fritzl.

Para todos os que – tal como Natascha e Elizabeth – estiveram enfiados em caves nos últimos tempos, saibam que esta última viveu os últimos 24 anos encarcerada numa cave, onde ocasionalmente recebia visitas conjugais por parte do progenitor.

Desta linda relação entre pai e filha, foram gerados três netilhos, três filhetos e um pedaço de carvão. Os primeiros três foram autorizados a viver dentro de casa, o segundo grupo de três foi recambiado para a cave e e o último está a servir de adubo no jardim da casa.

Apesar de toda a tragédia que envolve estes dois casos, eles são também motivos para acreditar que nunca se deve perder a esperança.

Dito isto, devo dizer que estou em pulgas para ver os filhetos e netilhos da Maddie daqui a uns aninhos...


p.s. Após este post, penso que estaremos de acordo que textos sobre fezes, flatos e afins, não são assim de tão mau gosto quanto isso...


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