É complexo, se não mesmo impensável, que um qualquer media provider* consiga subsistir sem os denominados de comentadores. Verdadeiramente indispensáveis à nossa cultura, seja a sós ou em grupo, estes pseudo-líderes de opinião tiveram, têm e terão sempre qualquer coisa a acrescentar sobre qualquer assunto da actualidade, seja político, cultural, social, desportivo ou gastronómico.
Contrário ao espectável, em que falaria quem tem algo a dizer, aparentemente apenas é possível contratar quem não teve sucesso na sua profissão, precisa de ganhar uns trocos e/ou tem uma forma de estar na vida que se pauta do ordinarão para baixo, preferivelmente falando alto ou impedindo os restantes de se expressar, preferivelmente através de frequentes interrupções ou comentários jocosos.
Qual oráculo, estes seres detêm a capacidade de orar com convicção sobre todo e qualquer tema, ainda que em 99,9% dos casos se limitem a proferir balelas - próprias ou importadas - ocultadas por detrás de uma sobre-adjectivação do discurso.
Confesso que aprecio a arte de alguém que sem ter nada para dizer, consegue preencher uma hora adjectivando o vácuo. Para os que, como eu, prezam bons momentos de fanfarranice, procurem a seguinte sentença:
Não estou por dentro do assunto, nem tenho qualificações para o avaliar, mas a minha opinião é a seguinte...
Para os menos hábeis nos meandros da língua Lusa, eis a tradução:
Não faço puto do que estamos a falar, deixa-me cá dizer uns disparates senão ainda me cortam no cachet...
* O Homem Duplicado orgulha-se da inclusão frequente de termos e/ou estrangeirismos pedantes, especialmente quando é por demais evidente que existem alternativas menos pretensiosas
Contrário ao espectável, em que falaria quem tem algo a dizer, aparentemente apenas é possível contratar quem não teve sucesso na sua profissão, precisa de ganhar uns trocos e/ou tem uma forma de estar na vida que se pauta do ordinarão para baixo, preferivelmente falando alto ou impedindo os restantes de se expressar, preferivelmente através de frequentes interrupções ou comentários jocosos.
Qual oráculo, estes seres detêm a capacidade de orar com convicção sobre todo e qualquer tema, ainda que em 99,9% dos casos se limitem a proferir balelas - próprias ou importadas - ocultadas por detrás de uma sobre-adjectivação do discurso.
Confesso que aprecio a arte de alguém que sem ter nada para dizer, consegue preencher uma hora adjectivando o vácuo. Para os que, como eu, prezam bons momentos de fanfarranice, procurem a seguinte sentença:
Não estou por dentro do assunto, nem tenho qualificações para o avaliar, mas a minha opinião é a seguinte...
Para os menos hábeis nos meandros da língua Lusa, eis a tradução:
Não faço puto do que estamos a falar, deixa-me cá dizer uns disparates senão ainda me cortam no cachet...
* O Homem Duplicado orgulha-se da inclusão frequente de termos e/ou estrangeirismos pedantes, especialmente quando é por demais evidente que existem alternativas menos pretensiosas
2 comentários:
A partir de agora passo a estar noutro espaço. A ver se começo a dar notícias mais vezes :)
Beijoka grande amigo desaparecido
O que eu sei é que no tempo na Dona Ana ali da rua debaixo, a essas pessoas chamava-se alcoviteiros ou coscuvilheiros e que se ela soubesse tinha também ido para comentadora que não faria pior figura.
PS: Beijinhos à Tia Meni e à Tia João, e a ti claro.
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