Feliz... Adaptado... Produtivo... Um pássaro numa gaiola a antibióticos...

quinta-feira, maio 18, 2006

Sai de baixo


Creio que não irei ofender ninguém ao afirmar que o avião é uma das grandes invenções que revolucionaram o século XX. Não obstante, e em claro contraste com a evolução tecnológica que têm vindo a sofrer desde os tempos gloriosos de Santos Dumont e dos irmãos Wright, as medidas de segurança em caso de avaria e/ou erro humano aparentam ter estagnado antes do tempo.

Se se der o caso de nunca terem realizado uma travessia aérea, ficam desde já a saber que, antes de qualquer descolagem, as atenciosas hospedeiras - juntamente com o seu inseparável folheto - chamam a atenção para algumas normas de segurança indispensáveis à nossa sobrevivência no caso das coisas azedarem. Antes de tudo, é-nos suplicado nunca esquecer de colocar o cinto de segurança quando estamos sentados, sendo que este, ao contrário das sofisticadas peças de engenharia que utilizamos nos veículos terrestres, mais não é do que uma simples tira de pano, encontrando-se (normalmente) já em avançado estado de putrefacção. Além deste ponto vital, o garantir que as costas da cadeira estejam direitas na altura da descolagem e da aterragem é também um must, ao qual se juntam os coletes de salvação, as máscaras de oxigénio e as saídas de emergência.

Até aprecio a preocupação e o sofrível esforço das eloquentes assistentes de bordo, mas, e sem querer soar alarmista, tendo em conta que estamos a discorrer sobre um charuto voador que em caso de avaria tem o poder de sustentação de um calhau em queda livre, esqueçam lá essas mariquices e tragam-me o meu pára-quedas, s.f.f.

2 comentários:

Sérgio Viana disse...

Pode ser só uma opinião, mas cá para mim deve ter tido alguma experiência menos agradável num avião... E não tens ido em boas companhias porque nos dias que correm muitas delas deixaram de ter a senhora hospedeira a exemplificar e passaram a ter vídeos explicativos. Quantas vezes desejei que a tv por cima do assento da frente estivesse estragada...

Mas so formos a pensar bem, as explicações da senhora até fazem algum sentido. Pensa lá, no meio da queda do charuto voador ias andar à procura da hospedeira enquanto gritavas "como se prende o cinto???" :) E por falar nos cintos, não percebo porque ficas tão preocupado! O espaço que tens para te sentar (ou deverei dizer encaixar) é tão apertado que mesmo que o avião caia não te preocupes não vais a lado nenhum!

Um abraço, e boas viagens

Pacheco disse...

ha sempre aquele truque de ires para a porta e mergulhares no momento mesmo antes de o aviao cair na água!