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terça-feira, junho 20, 2006

Lamas de Olo


O nível de Ozono pelo qual passa a haver perigo para a saúde pública, foi ultrapassado a semana passada em quatro concelhos de Portugal: Maia, Matosinhos, Valongo e Viana do Castelo. Sempre atento ao factos relevantes, um conhecido canal generalista - chamemos-lhe TVI - terá tido conhecimento que a pacata aldeia de Lamas de Olo teria sido especialmente atingida por este fenómeno atmosférico.

Para os menos dados à geografia nacional, Lamas de Olo é uma freguesia portuguesa do concelho de Vila Real, com uma área de cerca de 30 km² divididos por 177 habitantes, cuja idade média deverá rondar os 70 anos, e com habilitações literárias algures ao nível do ensino primário.

Em relação a este último facto, não é possível afirmar com certeza, até porque à pergunta "Quais as suas habilitações?", os habitantes terão respondido orgulhosamente que tinham electricidade, televisão, água canalizada, ou uma mistura dos três.

Não obstante estes dados, o valoroso repórter achou que faria sentido indagar os idosos habitantes sobre o que pensavam da elevada concentração de Ozono que se tinha abatido sobre a terreola, e se isso teria afectado o seu quotidiano delirante.

Surpreendemente, a populaça parecia desconhecer esse tal de Ozónio, até porque, segundo palavras da Dona Carmelinda - “Cá na terra, a gente não gosta muito dessa estrangeirada...”

3 comentários:

Pacheco disse...

É o serviço público! Lamas de Olo está em risco!

Anónimo disse...

Concordo plenamente, o meu pai nasceu em Lamas de Olo e eu conheço bem aquela gente…
…gente pura e sem maldade.
Só é pena que o jornalista se tenha aproveitado da ingenuidade daquelas pessoas…

Anónimo disse...

Esse jornalista é mesmo parolo...